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"Aceitar-me plenamente? É uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso que toda minha palavra tem um coração onde circula sangue" (Um sopro de vida - Clarice Lispector)

domingo, 5 de agosto de 2012



Sempre gostei de assistir ao quadro Lar Doce Lar, do Luciano Huck. Me encanta ver os sonhos das pessoas transformados em realidade, porque todo ser humano tem direito a ter pelo menos uma moradia digna. Mas esse de hoje – 04/08/2012 – me encantou profundamente e me fez vir aqui escrever.

O programa contou a história de uma mulher que vive da venda de sucata. Sobrevive do lixo. Ela encontrou no lixo alguns livros e a curiosidade acerca deles fez com que ela buscasse o estudo e agora é universitária do curso de Artes Plásticas de uma universidade federal.

Eu me emocionei com cada pedacinho daquela história, porque percebi como nós somos lentos em valorizar aquilo que temos na vida.
Uma mulher simples, que contou que muitas vezes a comida que tinha era a do próprio lixão. Um menino de 6 anos que não sabia o que era um iogurte, um hambúrguer, uma comida boa. A casa não tinha sofá e quando questionados como faziam para assistir TV na sala ela disse que colocava um pano no chão e sentava. O sonho dela? Ter uma biblioteca em casa. Vi essa mulher chorar muito ao se deparar com a biblioteca que ganhou.

Não sei se alguma coisa ali é ensaiada, mas acho que não. Essa história me tocou fundo porque a gente reclama por coisas tão banais e esquece que tem pessoas que vivem de forma absurdamente precária. Comer lixo? Isso está completamente fora de questão para mim. Pra ela era a sobrevivência.

Nessa noite quero agradecer a Deus por eu ter a minha casa, minha família. Por estar em uma faculdade, caminhando em busca dos meus sonhos. E pedir perdão por cada minuto em que esqueci de agradecer pelo tenho e apenas lamentei aquilo que não tenho.

Que bom seria se vivêssemos em um mundo com mais igualdade e justiça social. Enquanto eu estou aqui na frente do meu laptop tem crianças dormindo na rua. Tem crianças sobrevivendo do lixo que eu jogo fora todo dia. Enquanto eu compro um telefone novo, tem gente que nunca teve sequer um calçado decente pra usar.
Que Deus permita que através da educação eu tenha a capacidade de ajudar as pessoas a chegarem mais longe na vida. A irem em busca de seus sonhos.

“Eu só peço a Deus que a dor não me seja indiferente.”

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